Presidente mexicana expressa desacordo com operações anti-imigrantes nos EUA

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, expressou ao subsecretário de Estado dos Estados Unidos sua discordância com as operações anti-imigração, tema que espera abordar diretamente com o presidente Donald Trump durante a cúpula do G7 no Canadá na próxima semana.
Durante uma reunião no Palácio Nacional do México na quarta-feira, Sheinbaum disse ao subsecretário Christopher Landau que "não concorda com este esquema de criminalizar pessoas trabalhadoras", em referência às batidas que provocaram protestos em várias cidades dos EUA nos últimos dias.
Segundo ela, as operações que deixaram pelo menos 61 mexicanos detidos, de acordo com seu governo, são usadas "para prender pessoas que trabalham honestamente" e prejudicam "não apenas as pessoas, mas a própria economia" dos Estados Unidos, considerou.
Landau, que após sua visita ao México viajará para El Salvador e Guatemala, se comprometeu a "enviar essa mensagem ao Departamento de Estado e ao próprio presidente Trump", acrescentou Sheinbaum.
A governante de esquerda também compartilhou com o subsecretário a sua intenção de abordar a questão das batidas policiais durante um "muito provável" encontro com Trump no âmbito da cúpula do G7, que será realizada no Canadá entre 15 e 17 de junho.
Sheinbaum participará do evento a convite do primeiro-ministro canadense Mark Carney, já que o México não é membro do grupo das sete maiores economias do mundo.
"É muito provável que nos encontremos com o presidente Trump", disse a presidente mexicana.
A mandatária também planeja discutir neste encontro sobre as tarifas, os impostos sobre remessas e o bloqueio às exportações de gado mexicano.
Ela planeja viajar para a cúpula na segunda-feira e retornar na noite de terça-feira.
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