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Lula chama Pacheco de 'governador': 'MG não merece Nikolas e Cleitinho'

do UOL

Do UOL, em Brasília

12/06/2025 14h46Atualizada em 12/06/2025 18h25

O presidente Lula (PT) chamou hoje o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de "futuro governador" em evento em Minas Gerais e aproveitou para cutucar o governador Romeu Zema (Novo), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), bolsonaristas.

O que aconteceu

"Futuro governador, futuro governador", chamou Lula, voltando-se a Pacheco, enquanto discursava em Mariana (MG), no início da tarde. Ele fazia uma introdução ao Auxílio Gás, futuro programa social do governo. O ex-presidente do Congresso Nacional riu, sem dizer nada.

Insistente, Lula retomou o assunto no final da tarde, em outro evento em Contagem (MG). "Depois daquele governador que não vou nem citar o nome, esse estado não merece o Nikolas e o Cleitinho", disse o petista, pronunciando o nome do senador errado.

Lula trabalha nesta possível aliança há um tempo. O senador chegou a ser cotado a assumir um ministério no governo, após deixar a presidência no Senado, em janeiro, com a condicionante de que se lançasse ao governo mineiro em aliança com o PT, mas o acordo pelo cargo acabou não indo para a frente.

"Pacheco é um cara importante, é, publicamente, a maior personalidade de Minas Gerais hoje", disse Lula. "Não só pelo tamanho", brincou, em referência ao 1,94 m do senador. "Mas porque ele foi presidente do Senado por quatro anos e teve uma desenvoltura extraordinária."

O presidente quer um palanque mineiro forte para a provável candidatura à reeleição. Segundo maior colégio eleitoral do país, o estado é considerado crucial para qualquer campanha presidencial e ainda tem uma mística: desde a redemocratização, todos os candidatos que venceram em Minas Gerais venceram no Brasil. É o único ente federativo com este feito.

Pacheco tem desconversado. Aliados apontam que uma reeleição ao Senado é mais garantida do que a disputa ao governo estadual, cobiçado por diversas frentes com a saída de Zema, mesmo com apoio de Lula. Em 2026, serão duas vagas ao Senado por estado.

Como pró, Pacheco seria o nome da centro-esquerda contra diversos candidatos de centro-direita. O candidato natural de Zema, de direita, é o vice-governador Mateus Simões (Novo), enquanto Cleitinho quer se lançar como nome do bolsonarismo. Também bolsonarista, Nikolas corre por fora: apesar de popular, o ex-presidente já indicou que agora "não seria o momento" de lançá-lo.

Em 2022, Lula já fez aliança com o PSD no estado. Para o governo, ele apoiou o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (hoje Republicanos), derrotado por Zema, e para o Senado, o hoje ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), derrotado por Cleitinho.

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