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Motta diz que há 'esgotamento' com o ajuste nas contas públicas via aumento de arrecadação

Brasília

11/06/2025 13h35

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quarta-feira, 11, que há um "esgotamento" do Congresso, da sociedade e do setor produtivo com o ajuste nas contas públicas via aumento de arrecadação, em meio a uma carga tributária já elevada. Ele defendeu que o governo precisa "fazer o dever de casa" e discutir a responsabilidade fiscal por meio de cortes de gastos.

"Esse esgotamento chegou ao Congresso Nacional, e essa última medida, do IOF, penso que foi o estopim daquilo que já vinha sendo dito, conversado, repetido pela sociedade brasileira como um todo, pelo setor produtivo como um todo", disse Motta. "Eu acho que essa discussão sobre o IOF trouxe o governo para a mesa para discutir aquilo que o governo não estava querendo discutir."

Entre as medidas que o governo não queria discutir, segundo o deputado, estão a reforma istrativa e a responsabilidade nas despesas públicas.

Ele defendeu que essa é uma agenda de País, e não de um governo, partido ou espectro político.

Para Motta, há oportunidade de avançar no debate sobre cortes de gastos mesmo às vésperas das eleições de 2026, com uma mobilização do Congresso em torno do tema. Ele cobrou que o governo "lidere" a agenda. "Tem que vir para a frente e defender o que é correto para o País, de podermos já agora dar uma mudada do ponto de vista fiscal", ele afirmou.

Segundo o presidente da Câmara, as despesas obrigatórias têm crescido em um ritmo que pressiona as discricionárias. Sem uma ação sobre isso, o País vai andar rumo à ingovernabilidade, ele afirmou. O ajuste fiscal com corte de gastos também é necessário para permitir uma queda dos juros e do dólar, aproveitando um cenário externo favorável ao Brasil, ele disse.

"Uma coisa eu posso garantir: que o Congresso Nacional, a Câmara e o Senado, estão bastante incomodados com medidas que venham a aumentar impostos, a aumentar atributos, sem fazer o dever de casa fiscal, sem fazer o dever de casa do corte de gastos", afirmou ele.

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