BlackRock pretende aumentar receita para US$35 bilhões ou mais até 2030
Por Davide Barbuscia
NOVA YORK (Reuters) - A BlackRock disse nesta quinta-feira que tem como objetivo aumentar sua receita para US$35 bilhões ou mais até 2030, conforme a gestora de ativos expande sua presença no mercado de crédito privado e em fundos de infraestrutura.
A empresa, que relatou uma receita de US$20 bilhões para 2024, realizará um evento com investidores nesta quinta-feira, quando deverá fornecer informações sobre suas prioridades estratégicas.
A maior gestora de ativos do mundo, que supervisionava US$11,58 trilhões no fim do primeiro trimestre, expandiu no ano ado sua presença nesses mercados por meio de uma série de aquisições que, segundo o presidente-executivo Larry Fink, foram transformadoras para a empresa.
A BlackRock gastou cerca de US$25 bilhões em 2024 no fundo de infraestrutura Global Infrastructure Partners e no negócio de crédito privado HPS Investment Partners. Também fechou um acordo de US$3,2 bilhões para adquirir o provedor de dados Preqin. Essa aquisição foi oficialmente concluída em março deste ano.
A BlackRock também tem como objetivo dobrar sua capitalização de mercado para US$280 bilhões e almeja US$400 bilhões de captação cumulativa de mercados privados até 2030, disse em uma apresentação para investidores nesta quinta-feira.
Os ativos privados geram taxas significativamente mais altas do que os fundos negociados em bolsa (ETFs), uma parte essencial dos negócios da BlackRock por meio de sua franquia iShares.
A BlackRock tem como meta que sua presença nesses mercados de capital privado e seus negócios de tecnologia representem 30% ou mais da receita total da empresa até 2030, ante 15% em 2024.
Em sua carta anual aos acionistas em 2025, Fink disse que o protecionismo havia retornado com força como resultado de uma divisão de riqueza que poderia ser combatida oferecendo a mais investidores o a mercados privados de alto retorno, como fundos de infraestrutura e crédito privado.