Mauro Cid cita troca de mensagens com Freire Gomes revelada pelo UOL

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, citou hoje no interrogatório no STF uma troca de mensagens com o general Freire Gomes. A conversa foi revelada pela série "O Zap do Cid", do UOL e não consta na denúncia aceita pelo tribunal.
O que aconteceu
UOL teve o ao celular de Cid. São mais de 20 mil arquivos e, apenas no WhatsApp, 158 mil mensagens. Em uma delas, em 30 de dezembro de 2022, Freire Gomes disse que estava com "o coração muito triste", mas que o "presidente fez o correto", em referência à Bolsonaro.
Cid afirmou que não se lembrava das mensagens até a publicação da reportagem. "Depois que vi as mensagens, me recordei", disse, durante o interrogatório. "Por isso gostaria de me retratar aqui, com outra troca de mensagens que não está nos autos", disse ele.
Cid disse a Moraes que as mensagens eram provas de que ele era fiel a Freire Gomes. "As menagens que troquei com o general Freire Gomes mostram que eu sempre concordei com as ideias dele", alegou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. "Que nada poderia ser feito e qualquer ação mais radical geraria um grande problema no país", se defendeu.
Freire Gomes foi criticado por outros militares, mas Cid diz que estava ao seu lado. Em um dos diálogos de dezembro de 2022 captados pela Polícia Federal, por exemplo, o general Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil, afirmou que a "culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes". Em seu depoimento à PF, o general afirmou que sofreu pressão de militares para aderir à ruptura institucional.